Proteger dados sensíveis já era uma preocupação de toda empresa bem antes da era da internet. Com a sua chegada e a consequente popularização, esse trabalho se tornou um pouco mais complexo, uma vez que as informações podem ser expostas por cibercriminosos.
Por isso, definir uma política de segurança da informação se tornou essencial para as empresas. Isso porque a utilização da tecnologia se tornou cada vez mais comum e todo gestor que se preze deve proteger as informações do negócio.
Afinal de contas, vazamentos de dados sensíveis podem comprometer a reputação da empresa de forma irreversível. Pensando nisso, preparamos um post para que você entenda melhor o que é a política de segurança da informação, sua importância e as ameaças que devem ser combatidas. Boa leitura!
O que é uma política de segurança da informação?
Uma política de segurança da informação, também conhecida como PSI, consiste em um documento elaborado para estabelecer os princípios e as diretrizes de segurança da companhia. Ela é aplicada em toda a infraestrutura de TI da companhia, o que inclui a rede corporativa e os equipamentos.
O objetivo final de uma política de segurança da informação é determinar padrões desejáveis de comportamento de utilização das ferramentas, como uma forma de garantir a integridade dos dados corporativos.
Alguns princípios básicos devem ser levados em consideração. O primeiro deles é a integridade, que se relaciona à preservação das informações digitais da empresa. O segundo é confidencialidade, que garante que os dados sejam acessados apenas por pessoas autorizadas.
O terceiro é a disponibilidade, que diz respeito à capacidade dos sistemas se manterem funcionando, sem muitas interrupções. O quarto é a confiabilidade, que garante que os dados armazenados sejam de qualidade — isto é, que possam gerar conhecimento relevante para a empresa. Por fim, a autenticidade é o controle de quem modifica os registros e atualiza as informações.
Qual é a importância de instituir uma política de segurança da informação?
Alguns estudos comprovam a importância de uma política de segurança: apenas 39% dos funcionários de uma empresa afirmam realizar todas as medidas necessárias para proteger informações críticas para o negócio, de acordo com uma pesquisa do Instituto Ponemon. Além disso, só o Brasil acumulou 80 bilhões de reais em prejuízos por conta de ataques cibernéticos.
As informações, principalmente quando falamos dos dados retidos nos sistemas tecnológicos de uma empresa, são um dos ativos mais importantes de uma organização. Do mesmo modo que a tecnologia facilitou a retenção de arquivos valiosos pela empresa — além de outros benefícios, como a automação de processos —essa evolução também possibilitou a existência de hackers cada vez mais sofisticados.
Assim, caso não exista uma política de segurança da informação bem definida, fica mais fácil para os criminosos explorarem brechas digitais e roubar dados das empresas. Desse modo, temos uma espécie de paradoxo: reter informações é essencial para que as empresas consigam elaborar produtos cada vez mais personalizados.
Por outro lado, a retenção de informações nos sistemas digitais também atrai os cibercriminosos. Por isso, é fundamental que toda empresa proteja essa informação. Esse serviço é feito por meio de medidas básicas de segurança, como a capacitação dos trabalhadores em relação à tecnologia, além de melhorias na infraestrutura de TI da organização.
Como se não bastasse, a tão comentada Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) finalmente foi implementada em nosso país. Por conta disso, as empresas devem reforçar o cuidado com as informações dos seus clientes. Isso porque a nova legislação obriga as empresas a zelar por esses dados, como forma de sofrer sanções.
Algumas dessas sanções são advertências, multas que podem chegar até a 2% do faturamento, publicização da infração (que pode acarretar um prejuízo permanente à reputação da companhia), assim como o bloqueio de dados pessoais do negócio.
Assim, uma política de segurança da informação não só protege a empresa de ciberataques, como também garante que ela esteja resguardada em relação às novas determinações impostas pela LGPD.
Quais são as principais ameaças à segurança da informação nas empresas?
Antes de definir a política, é essencial conhecer as principais ameaças que podem deixar um sistema vulnerável. Desse modo, será mais fácil minimizar os riscos de invasão da rede corporativa e do acesso de pessoas não autorizadas às informações sensíveis da empresa, por exemplo.
Uma das principais ameaças à segurança da informação é ransomware — e também uma das mais famosas. Trata-se de um malware (um programa malicioso dedicado a sequestrar dados empresariais). É importante notar que a companhia deve contar com defesas sólidas contra ameaças semelhantes, uma vez que existem outros malwares.
Os cibercriminosos também podem explorar vulnerabilidades geradas por falhas na segurança ou até mesmo pela falta de atualização de sistemas e programas. Os hackers também costumam utilizar o phishing, uma espécie de fraude eletrônica dedicada a roubar dados pessoais.
Essa tática é bastante perigosa, uma vez que o phishing costuma ser camuflado como uma comunicação eletrônica oficial. Contudo, apesar dessas ameaças serem numerosas, os gestores de TI também devem adotar políticas relacionadas às ações indevidas dos próprios funcionários.
Isso inclui o acesso a sites que podem tornar a rede vulnerável a ataques DDoS, por exemplo, que têm o objetivo de provocar instabilidade ou queda total dos sistemas. Portanto, uma política oficial de segurança deve conscientizar os colaboradores sobre as páginas que devem ser evitadas.
Essas ameaças não são mero achismo: cerca de 40% das empresas brasileiras não adotam políticas bem definidas de segurança, o que causa prejuízos significativos ao negócio. Assim, mesmo com o mapeamento das variadas formas de ciberataque, nossas organizações continuam perdendo dinheiro com esse descuido.
Quais são as ações de uma política de segurança da informação?
Para evitar os prejuízos causados pela falta de segurança da informação, algumas medidas são importantes. A primeira delas envolve a implementação de um cronograma de backup de dados. Com a computação em nuvem, essa rotina é automatizada, garantindo que essa atividade seja cumprida.
Depois, é importante contar com um antivírus de segurança, além de cumprir uma rotina de atualização de sistemas operacionais e softwares. Uma boa ideia para garantir isso é contar com uma consultoria formada por profissionais experientes no ramo, que ajudarão a sua empresa a implementar as melhores soluções.
Além disso, outros cuidados básicos podem ser tomados, como a adoção de senhas de acesso mais fortes e a implementação de análises de tráfego. Entretanto, tudo isso deve ser acompanhado da devida capacitação dos colaboradores.
Assim, será mais fácil evitar que ações inadequadas possam gerar falhas gerais em relação à proteção de informação. Com profissionais que entendem da segurança, será mais difícil expor a rede corporativa e a infraestrutura de TI a vulnerabilidades externas.
Agora que você entendeu o que é uma política de segurança da informação, sua importância e conheceu as principais ameaças, é hora de se defender de forma apropriada. Uma boa medida é contar com profissionais do ramo para reforçar a proteção dos seus sistemas.